sábado, 3 de julho de 2010

Capítulo3 - Festinha de reecontro.

O ocorrido levou tanto tempo que nem pude demorar a me trocar, pois todos já estavam prontos a me esperar. E logo após, estávamos  a caminho da casa da Paola. No carro, eles tentaram tirar de mim algo que pudesse ter acontecido para que eu tivesse demorado tanto para alugar aquele bendito Fiat Doblo. Fui deixando eles falarem até que graças a DEUS, a cidade visinha ficava só 35 minutos a 90 km/h.
Vi Paola na frente de sua casa e para acabar com aquele assunto, pelo menos naquela hora, sai correndo do carro abraçá-la, estava com tanta saudade que seu abraço foi confortante. Fazia tempo que não nos víamos , ia fazer um ano, se não fosse pelo trágico dia em que nos encontramos naquele cemitério.
Paola e eu somos amigas desde pequeninhas, mas por consequência de objetivos opostos, nossa amizade foi interrompida, no entanto, sempre que nos encontrávamos, parecia que o tempo não tinha passado, e ainda nos encontravámos como aquela garotinha sem responsabilidades e cheia de sonhos.

Fizemos uma festinha para comemorar nosso reencontro, e fiquei muito feliz quando vi em seu olhar, que ela tinha verdadeiramente gostado da surpresinha. Ela tinha uma varanda enorme, com uma vista cuja o céu era deslumbrante e as estrelas resplandeciam uma luz sem igual. E eu não sei o porque, naquele momento me peguei a pensar no imbecil, que na verdade era herói e cujo nome era Lucas, ai... Me senti confusa... Acho melhor chamá-lo apartir de agora só de Lucas, já que a atitude dele já não condizia com o adjetivo que tinha adotado a ele.
Mas ele de fato me surpreendeu, nunca vi um civil sem obrigação alguma a vista, ser tomado por imensa caridade para ajudar aos outros, sem receber nada em troca, só pelo prazer de ver a outra pessoa ficar bem. Talvez, eu é que estivesse acostumada demais ao meu cotidiano que tudo se acontece em torno de trocas de interesse. Ou talvez ele realmente tivesse um coração diferente, verdadeiro, puro. Nem sei porque estou pensando nisso.
Paola chegou naquele momento em que meus pensamentos estavam soltos pelo ar, e sem saber do trato que eu e meus amigos fizemos
, de não mencionar nada sobre a mamãe, começou a me pergunta como eu estava depois do que eu  tinha passado e como eu me sentia em relação a culpa e a minha recuperação ( ela sabia que eu tinha surtado ), sei que suas perguntas não foram por mal, mas aquelas lembranças ainda tinham muito poder sobre mim, quando lembradas. Me vi em um telão, como flash de filme sobre a minha cabeça que ainda não tinha sido curada totalmente. Olhei para baixo, para tentar cobrir a minha feição, e tentei dar um sorrisinho, mas a tentativa não foi convincente, mesmo que não quisesse me mostrar doente ainda. Mas, era como se eu estivesse em pedaços tão pequenos que daria tempo para reconstruir.
O clima de tensão que se fazia naquela sala, fez com que a Lauren percebesse e aumentasse o som, e então todos foram se aproximando nos chamando para dançar, isso fez com que a lágrima  se tardasse a escorrer sobre o meu rosto pálido.
Não demorou muito, a convidei para a minha festa , que seria depois do próximo dia, e logo nos despedimos. As meninas viram o meu estado e não deixaram os meninos tocarem no assunto. Eu fechei os olhos e só os abri quando chegamos no Hotel.
Entrei no quarto sem palavra alguma, fui ao banheiro e quando voltei, já fui me deitando na cama para dormir. As meninas não sabiam o que falar ou o que fazer, então me deram um beijo e foram dormir também.
Deitar na cama, não quer dizer que iria conseguir dormir, principalmente depois de todas aquelas lembranças. E logo depois que as meninas pegaram no sono, eu sai do quarto na tentativa de encontrar um lugar onde eu pudesse remexer o passado, tocar na ferida e findar-me em puro desespero. Passei pela recepção, pela piscina, e como não encontrei ninguém por perto, acabei ficando por lá.
Eu olhei para a vista  além da piscina e encontrei um lago, fui até lá e cai em total devaneio  e comecei a gritar, tentando expulsar tudo aquilo que me consumia. Guiado por aquele grito, um salva- vidas veio em minha direção.

4 comentários:

Anônimo disse...

Kathy parabens esse romance esta ficando melhor a cada capitulo mal posso esperar para ler o qarto
bjoooo

PS. O primeiro exemplar autografado é meu ok??
kkkkkk

Anônimo disse...

ta da hraa a hst ;D

Danielly disse...

Kathy esta ficando ótimo esse livro *-*
você conta tudo detalhadamente , e eu gosto muito de livros assim !
Kathy muito sucesso , e já estou anciosa para o proximo capitulo (:
bjs :*

* disse...

legal esse final quem sera o salva vidas ???