Capítulo11 - Não podia acreditar tão fácilmente.

No dia seguinte quando acordei, minha cabeça doía e meu celular tocava, era Lauren, eu atendi e ela disse : - Eliza cadê você?

Eu : - O que ?

Lauren : - Onde você está? Aconteceu alguma coisa?

Eu olhei para a minha mão e vi um anel no meu dedo, eu respondi a ela: - Tudo sim, eu já chego ai, Tchau.

O Lucas entrou e disse: - Acordou ( sorrindo).

Eu sorri e mostrei minha mão com o anel, ele disse se arrependi( com cara de triste)?

E eu : - Não ... não. Só minha cabeça que dói.

Ele : - Trouxe algumas coisas, pra você comer.

Eu : - Lucas... preciso ir, as meninas estão preocupadas. Preciso dar sinal de vida. Me leva lá?

Ele : - Levo! Mas antes come alguma coisa.

Ficamos a conversar e a relembrar das coisas que se faziam meia confusas para mim, pela ressaca, mas ao mesmo tempo que era assustador, olhar aquele anel em meu dedo, também me fazia sentir tão confiante e feliz .

Quando cheguei lá, foi falar com as meninas primeiro e pedi que ele me esperasse no barzinho no lado da recepção. Quando entrei no quarto e as meninas olharam para a minha mão, elas quase morreram do coração.

A Anya: - Não acredito, tudo bem que, umas loucuras de vez enquanto não faz mal para ninguém, mas casar é loucura demais.

Lauren: - Diz que é imaginação nossa ou que pensamos demais!

Eliza: - Não, eu casei. Mas sabe de uma coisa, não me arrependo ele é tudo que uma mulher sempre sonhou, e eu o AMO.

Anya : - Sério? Não achava ser tão sério assim.

Lauren: - Eliza, talvés você nem saiba o que é o amor!

Eu : - E você sabe? Só sei que é incrível a sensação que sinto quando estou ao lado dele. E se não for amor, deve ser algo além disso. Ele está me esperando naquele barzinho no lado da recepção.

Anya : - E o Ruan... desistiu de encontra-lo? Os meninos estão doidos o procurando, sabia?

Lauren: - Eliza voltamos amanhã cedo para casa e como você vão ficar?

Eu : - Eu vou achá-lo, Lucas vai me ajudar. E ... ( ia falar algo, mas desistir, Lauren realmente me fez pensar, eu iria voltar para casa e Lucas disse trabalhar em Las Vegas e como ficaríamos?)é só isso, tchau.

Eu desci e vi Lucas falando ao telefone, ele estava muito preocupado, parecia que uma coisa muito grave tinha acontecido. Eu cheguei, ele desligou o telefone e me disse : - Eu preciso te contar algo, que era para mim ter contado naquela hora da festa. Mas... preciso que confie em mim, preciso resolver uma coisa antes, urgente e quando voltar prometo que ti conto tudo.

Eu disse : - Tudo bem. ( achando aquilo tudo muito estranho, mas aceitei)

Voltei ao quarto e comecei a procurar Ruan com as meninas. Fui até a recepção, para rastrear os lugares onde ele havia andado e descobri que ele tinha alugado outro quarto, além do quarto dos meninos. Esse quarto ficava bem enfrente ao meu, no 2° prédio do Hotel. Eu pedi uma chave reserva e fui correndo até lá, as meninas vieram em um compasso mais lento atrás de mim, quando abrir a chave do quarto.

Me deparei com Lucas, pegando Ruan, ensangüentado com uma mão e com a outra a telefonar.

Eu disse : - O que? O que... que é isso?

Lucas desligou o telefone e disse: - Calma, não queria que soubesse assim, mas confia em mim, não fui eu que matei o Ruan.

Eu : - Ele esta morto? Chama uma ambulância!

Ele: - Acabei de fazer isso, liguei para a policia.

Eu : - Se não foi você, quem foi então?

Ele: - Você está em perigo Eliza.

Eu : - O que ? Quem é você para me dizer se estou ou não em perigo.

Ele: - Sou detetive investigador, Polícia Federal.

Eu : - O que?

Ele: - Estou aqui, porque seu pai presenciou um crime federal. Ele é réu e isso te coloca em perigo.

As meninas chegaram e ficaram espantadas ao verem o Ruan morto, a policia em seguida chegou, com a ambulância e eu disse as meninas : - Vamos sair daqui .

Lucas : - Você ainda não deve estar entendendo a intensidade do perigo em que você está Eliza, não vou te deixar sozinha, sem proteção.

Eu : - Porque você não me contou isso antes?

Ele : - De começo achei que se contasse, não acreditaria na veracidade do meu sentimento por você. Eliza eu te amo, não casei porque estava bêbado, desde a primeira vez que te vi naquela piscina, você me encantou e levou pra si meu coração. E... eu quis contar ontem, mas não deu.

Eu : - E pra que as mentiras, dizendo ser salva- vidas?

Ele : - Era disfarce.

Eu olhei para ele e dei as costas, ele se despediu dos policias e me pegou no colo, e disse: - Não vou te deixar.

Eu : - Me solta! Meninas! ( chamando por elas gritando)

Anya: - Eliza , você esta em perigo. Tem que ir com ele.

Lauren: - Falamos com o seu pai.

Eu : - O que ? Falaram com ele? Me solta Lucas!

Lucas : - Eu vou te explicar tudo, mas dentro do carro.

Entrei no carro, ele colocou a mão em meu rosto e disse: - Eu não sou homem de ficar pedindo desculpa.

Eu: - É... eu já percebi.

Lucas: - Eu só preciso que sinta que tudo isso que vivemos, nesse curto tempo, foi verdade. Foi verdade Eliza. Eu te amo! E eu tenho certeza do que senti .

Uma lágrima caiu em meu rosto, eu suspirei querendo chorar e ele me beijou com paixão.

Ele olhando para mim disse : - Eu nunca faria nada para machucá-la, me corta o coração ver essas lágrimas escorrerem pelo seu rosto... ( limpando minhas lágrimas com beijos)

Eu olhava para ele e queria dizer o que realmente sentia, queria dizer que o amava também. Mas ao mesmo tempo por mais veracidade que ele me passava com suas palavras, não podia acreditar tão fácilmente.

Fomos surpreendidos com uma batida na traseira do carro. Ele olhou para trás e disse : - Coloca o cinto!

Eu : - Eu acho que preciso saber o que realmente esta acontecendo aqui, não acha?

Ele ficou sério e mais uma vez me respondeu com silêncio, mas sei lá... pela primeira vez ao vê-lo correndo daquele carro tão concentrado, senti o quanto o queria ao meu lado.

Ele corria e o carro que bateu em nós, se aproximava e colando perto, apontaram uma arma para nós, dizendo para que parássemos. Eu comecei a gritar, ele acelerou e atiraram no carro de Lucas.